segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

ano um

passa      gem     do     tempo   para    o                                          tempo
passa      tempo
passa
o
tempo
e com ele, a dor, menina

domingo, 26 de janeiro de 2014

Vão, escritores

Este não é um blog pessoal. Quer dizer, é e não é. É um blog pessoal porque aqui exponho os meus escritos - uma barreira que consegui ultrapassar, já que tais textos refletem minha personalidade. E não é um blog pessoal porque aqui eu só exponho os meus escritos - e nada mais.

Entretanto, eu não deveria deixar de comentar sobre uma experiência particular que me fez alçar alguns voos em dois dias; e servirá pr'eu decolar, por tempo indeterminado, até alcançar as nuvens. 

Explicando de forma minimalista, o Go, Writers é um curso de criação e escrita fora do convencional. Não existem regras e fórmulas mágicas para se aprender a escrever. O objetivo do curso é te fazer sair dali com a cabeça a mil, cheia de ideias, explodindo de vontade de fazer (e continuar fazendo) aquilo que te faz bem. É enorme a interação entre o grupo, graças ao carisma da professora e escritora Cris Lisbôa, que puxou 32 pessoas totalmente desconhecidas, em um único final de semana, para o mesmo rumo.

Pausa: poucos lugares são tão bonitos e inspiradores para ter uma avalanche de brainstorm quanto o Parque Lage.

Posso afirmar que o curso veio pra mim na melhor hora possível. Só me fez reforçar a ideia de como precisamos ter algo que nos inspire, motive e impulsione. É necessário rodar o nosso próprio mundo, independentemente da forma escolhida, para podermos enxergar com clareza que o mundo lá fora também não para de rodar. É uma experiência a qual compartilho e incentivo você, por exemplo, a procurar o curso, caso deseje, pois é de grande ajuda. Se não for desta forma, vá à caça de algo que possa procurar a si mesmo; e, principalmente, encontrar-te.

[uma nota de rodapé para não me esquecer: escreva, criatura. Escreva um degrau de cada vez; e suba junto]

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Lembrete

Tinha a promessa de que voltaria a escrever em breve.
Aliás, tal promessa é vaga. "Escrever" pode ser qualquer coisa. Hoje mesmo escrevi umas contas de matemática e uma breve lista do que não poderia esquecer de fazer durante o dia.
Não incluí "escrever" porque, para mim, é algo que faço corriqueiramente. Entretanto, minha promessa, dita ali em cima, era escrever algo... indefinido, aparentemente. Talvez algo que eu tinha o hábito em fazer, algo que eu sentia prazer em fazer, algo que eu sabia fazer. Será que ainda sei?

Irônico dizer que não incluí "escrever" em minha lista de afazeres a não serem esquecidos sendo que "Don't forget to write" é um dos meus lemas favoritos. É um trecho de uma das músicas que eu mais gosto "La Ferrassie", da banda canadense Tokyo Police Club. Não é por pura coincidência que dá nome a este blog. Já pensei seriamente em tatuar tal frase; falta-me o dinheiro e a coragem de passar pela dor.
Esquecendo tais pontos, por que "Don't forget to write" é tão forte a ponto d'eu desejar marcá-la na pele?
A frase possui tamanho significado para mim não somente pela música, mas também pelo o que me quer dizer. "Não se esqueça de escrever", neste caso, não parece ser uma imposição a mim mesma, a qual teria escrito em uma lista qualquer que logo após ao seu ato, seria descartada; mas sim, um lembrete para eu não me esquecer de quem sou.

Nós somos quem nós construímos. Desde que me entendo por gente, construí-me em palavras, que se firmaram em diferentes pontos da vida. Aquelas utilizadas pr'eu me expressar através da escrita se perderam por um tempo por falta do mesmo.
Felizmente, posso avistá-las de longe, correndo, almejando voltarem a seu lugar de origem. Afinal, o bom filho a casa torna.